terça-feira, 9 de setembro de 2008

O momento Irônico

Todo mundo um dia vai morrer, essa é a única certeza que se tem sobre a vida. Porém, a dúvida que permanece é: E aí? Bom, e aí ninguem sabe, e quem diz que sabe, por enquanto mente, embora possa estar perto de descobrir. Dependendo do grupo onde uma pessoa está inserida, existe uma resposta para essa pergunta aterrorizante, pois todos os credos se esforçam para acalmar seus fieis quanto a essa questão fundamental e filosófica que todos um dia fazem ou farão, pois se a ciência se ocupa religiosamente em tentar explicar de onde viemos, que a religião se ocupe de explicar para onde vamos, cagando potes para a ciência. Imaginemos que você seja um sujeito cético, ou melhor, ateu, que acredita que o fim da vida é simplesmente o fim....um eterno breu, onde não acontece nada...E de repente, chega o seu último suspiro...Imaginemos!

Você de repente acorda e aquele não era o último suspiro, bom para você né? mas está em um tribunal e pensa "Merda, minha tia católica estava certa". Logo que acordou, mais ou menos como no alto da compadecida, eles te julgam por todos os males que você fez para o mundo, usando os atos bondosos como atenuantes da sua pena, que pode ser de anos de purgatório com paraíso por bom comportamento, ou perpétua no inferno, pois o reino de Deus não é Brasil, é país de primeiro mundo; Fez, tem que pagar!

Outra alternativa...

Você de repente não acorda, mas aquele não era o último suspiro, pois você continuará dormindo até o quê as evangélicas que iam na sua porta de domingo diziam se tratar do "Juízo Final", ou o dia em que todos os mortos em sono profundo se levantam, se juntam aos vivos e são julgados como no caso anterior, só que sem purgatório e atenuantes ou "bom comportamento", pois o reino de Deus não é de primeiro mundo, é a China; Fez, eles te executam, não fez? Bom, tente provar...


Outra alternativa...

Você de repente acorda e aquele não era o último suspiro, mas o primeiro latido, pois reencarnou como um cachorro, descobrindo por fim que os budistas estavam certos e que a vida agora é muito melhor, cobrando de você apenas que paquere cachorrinhas, morda o carteiro e que agradeça aos céus por não ter nascido na Coréia, senão seria o almoço...

Outra alternativa...

Você de repente acorda e aquele não era o último suspiro, mas continua igualzinho ao que era, e pior, ao lado do seu ex-corpo, assistindo a cena. Não sabe para onde vai, o quê fazer e aquela maldita luz que te prometeram no filme do Ghost teima em não aparecer. Para piorar, ninguém te vê e os que te vêem saem correndo, pois todo mundo tem medo de alma penada, o quê fazer? Sei lá, tente prender seu assassino...Caso seja morte natural, sente e espere a luz, uma hora ela vem...


Ou a alternativa derradeira...

Você não acorda, morreu mesmo e não existe mais nada! Parabéns, você passou a vida acreditando em algo que era verdade... Mas não faz diferença, você não existe para comemorar...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu adoraria reencarnar em um dog...mas não na china, e sim na casa da Vera Loyola!


AMEI o texto...como sempre, tu arrasou ;)