sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O fim

Naquele momento, os dois sabiam que não teria outra vez, mas estavam tranqüilos. Ela deu aquele sorriso de meio-lábio, quase um pedido de desculpas, mas não chegou a dizer. Ele apenas devolveu o gesto, coçou a cabeça (como sempre faz quando está nervoso) e deu um gole no conhaque, que de algum modo descia mais fácil do que aquela situação.
Não importa quem fez o quê, quem deu o primeiro passo ou o último olhar. Depois daquela noite não haveria mais nada, não que antes houvesse, mas aqueles momentos eram decisivos. Dali para frente eles seriam outros, com muitos outros e outras, em outros tempos e locais, mas entre si, nunca mais.
Na hora da despedida, os dois se abraçaram e ele pensou em pedir um beijo, mas desistiu...
Às vezes é melhor deixar as coisas como estão.

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